sábado, julho 31, 2010

“Água de coco com gás”

Te procurei por todos os lados

E não te vejo

Viajei o mundo inteiro

E não conheço nada

Comprei um sabão de coco

E tomei água com gás

Continuo procurando parece impossível que vc exista

Vejo o dia nascer quadrado e todo o mundo cada dia mais redondo

Hambúrgueres, maionese, gordura saturada

É o gosto do gostoso, o sabor do perigoso, o perigo do passado

Em algum lugar você está,

Viajei o mundo e não te encontrei,

Passei o tempo a procurar e esqueci de sintonizar

Fora da freqüência é impossível te escutar

Passei direto, peguei o trem e pela porta de trás vc desceu

Mudando tanto de lugar é difícil, é difícil é difícil

De repente a gente volta a se cruzar,

Tomando água de côco num caminhão da congaz

Atropelando um momento que chega tarde

Vivendo um passe adiantado

Comendo pé de moleque apimentado

Ou pintando um chiclete de cada lado

Se vou pelo caminho certo, estou certa de que vc não está

A vida do estar ao mar

Dos mares que vêm em vão

Nado pro norte, do forte até o beco, e nunca te vi passar

Viro de lado pra ver o bicho pregar mas tu entras pelo lado esquerdo

Nunca te vi, nunca te senti, nem escutei o som do teu olhar

Se existe alguém como tu, o caminho é pro outro lado

Ou é melhor estar parada de baixo da ponte sul,

Do alto rio amarelo, da caixa branca no teto

Pegar alguém no tropeço pra ver o que tem la dentro

Te encontro aqui mesmo, se passaram tantos anos e tantos lugares

E dentro do centro do meio equilíbrio do sentido principal

Do foco mais intimo da energia vital, vou te encontrar

Assim que sintonizar o meu eu com o meu seu.

Claudia Graner – Barcelona- maio de 2010

segunda-feira, julho 12, 2010

O sado do fel - Eu

Deixa, tudo já estava ficando nítido, não posso deixar que alguém coloque meu caminho embassado novamente.
Preciso concentrar e seguir em frente,
não posso parar,
não vale a pena virar de cabeça pra baixo
De lado do vento do lado do astral
Do casco no mel do céu de papel
Do laço e abraço do lado do mel
Cacique esticado de sado do fel
O léu do meu passo do baço do lance
Com sangue sem mangue com cal de bordel
Assim sigo em frente sem fumo e constante
da vida com ritmo sem parar de tocar
um salto mais alto pra cima e pra tal
Sem cinto e comigo eu sinto o portal
Azul e fresco como um templo de lual.